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1964 : La dictature brésilienne et son legs

1964 : La dictature brésilienne et son legs

Dossier ditaduraEm novembro de 1979, familiares de mortos e desaparecidos políticos organizaram informações relatando denúncias sobre assassinatos e desaparecimentos decorrentes de perseguição política durante a ditadura brasileira (1964-1985), para serem apresentadas no II Congresso pela Anistia, realizado em Salvador (BA). Esse dossiê foi posteriormente ampliado pela Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos do Comitê Brasileiro pela Anistia (CBA/RS) e editado pela Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, em 1984. Na ocasião, os familiares homenagearam Teotônio Vilela, que havia sido presidente da Comissão Mista sobre a Anistia no Congresso Nacional, por ter dedicado seus últimos anos de vida á defesa intransigente da anistia aos presos políticos e das liberdades democráticas no país.

Fiche éditeur

Le jury composé des 21 conférenciers et présidents de séance/discutants du colloque « 1964 : La Dictature brésilienne et son legs » qui s’est tenu à Paris les 11-12 et 13 juin 2014 a attribué le prix du Concours du meilleur poster numérique sur un travail de thèse doctorale consacré à la dictature brésilienne de 1964 à Gisele Iecker de Almeida, étudiante à l’Université de Gand (Universiteit Gent) en Belgique qui prépare une thèse intitulée « Bridging past and future: Ameta-historical investigation into the process of (re)memorialisation of the Brazilian dictatorship » sous la direction du professeur Berber Bevernage.

Bravo et merci à tous les participants !

Paris le 12 juin 2014

Membres du Jury : Anthony W. Pereira, Antoine Acker, Bryan Pitts, Carla Simone Rodeghero, Dária Gorete Jaremtchuk, Edgardo Manero, Elisabeth Cancelli, James N. Green, Janaína Teles, Jean Hébrard, Joana Maria Pedro, João Roberto Martins Filho, Marcelo Torelly, Marcos Napolitano, Maria Celina d’Araujo, Mariana Joffily, Maud Chirio, Mônica Raisa Schpun, Nina Schneider, Severino João Albuquerque, Tânia Pellegrini.

► Télécharger le communiqué

La revue Brésil(s) à France Info, le 14 juin 2014

Posted by bresil on June 15, 2014
Posted in ActualitésDans la presse 

Vignette Couv2La revue Brésil(s) est à l’honneur aujourd’hui sur France-Info. Ecoutez toute la journée, dans la rubrique Kiosque d’Info, l’interview de la directrice éditoriale, Mônica Raisa Schpun, ou en podcast sur le site Internet de France Info.

“Le numéro cinq de ce semestriel est consacré au “coup d’état militaire, 50 ans après”. C’est la revue du Centre de recherches sur le Brésil colonial et contemporain. (…)” Lire la suite

En savoir plus sur la revue Brésil(s)

Bryan Pitts

Posted by bresil on June 6, 2014
Posted in Uncategorized 

I study and teach Latin American history, with a focus on 20th century Brazil. My book project offers a new understanding of the fall of Brazil’s 1964-1985 military dictatorship, as I explore how shifts in elite political culture and dispositions, alongside the already-recognized contributions of social movements and the military itself, contributed decisively to the regime’s weakening and eventual collapse. I also study violence, honor, and masculinity in Brazilian political culture; representations of blackness in Brazilian gay media; and gay Brazilian tourists’ exoticization and commodification of whiteness.

I teach courses on colonial, modern, and contemporary Latin American history; Brazilian history; Latin American military dictatorships; and the global history of sexuality.

Curriculum Vitae

“Direte Ja!” : mass demonstration or polical transformation ? Bryan Pitts interviewed by Jean Hébrard from Mondes Américains, UMR 8168 on Vimeo.

Les-yeux-de-Bacuri-MdeMeideirosOn se souvient de l’extraordinaire film (entre le documentaire et la fiction) que Maria de Medeiros avait consacré à la Révolution des œillets au Portugal (« Capitaines d’Avril »). Elle a réalisé une œuvre, assez semblable dans l’esprit, consacrée cette fois à la dictature militaire brésilienne de 1964 et intitulée en français « Les yeux de Bacuri ».

Le film sera projeté en ouverture du colloque « 1964 : La Dictature brésilienne et son legs » :

Maison des Cultures du Monde,
101 boulevard Raspail, Paris 6e,
Mercredi 11 juin à 17h.

Entrée libre et gratuite dans la limite des places disponibles.

♦ Voir le dossier de presse du documentaire

Marcos Rodrigues Barreto, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Orientador: José Ribamar Bessa Freire

Introdução

A subtração da liberdade ocorre na iniciativa de punir o individuo infrator, no entanto, as praticas de tortura, sendo este um crime inafiançável, integrou parte das políticas de ações diretas do Estado brasileiro, marcando a sociedade como um todo, inclusive a população indígena durante este processo. Evidentemente, este trabalho faz parte de representação política, já que a Memória Social é sempre uma dimensão política. A abertura para a coleta de relatos de grupos indígenas, hoje pouco mencionada já que são escassos sobre as suas atividades durante este período conturbado da História Nacional, poderá indicar caminhos das implicações sociais do período ditatorial e as heranças destes anos de forte repressão, ocasionando em traumas que demandarão tempo para sanar no âmbito social.

Ao fundo cacique Pataxó, São Manoel Pataxó e crianças mostram a solitária onde eram confinados os índios do Centro de Reeducação Indígena na Fazenda Guarani. Foto: Geralda Chaves Soares, 1990

Ao fundo cacique Pataxó, São Manoel Pataxó e crianças mostram a solitária onde eram confinados os índios do Centro de Reeducação Indígena na Fazenda Guarani. Foto: Geralda Chaves Soares, 1990

Metodologia

Para realizarmos a nossa pesquisa documental, serão delimitadas como área geográfica as cidades que historicamente contam com maior incidência de conflitos e violência contra indígenas desde a criação do Serviço de Proteção ao Índio em 1910, com foco especial na Fazenda Guarani em Carmésia e o Reformatório Resplendor, ambos em Minas Gerais, no que compete a ditadura militar. Embora os indígenas estejam em toda parte do território nacional, e possivelmente, outros lugares foram utilizados como campo de concentração de indígenas no período da ditadura, elencamos estes locais, por serem locais com potencial de patrimonialização da memória experimental (ASSMAN, 2011,p.18), um momento impar da história nacional, que apresenta abertura para o resgate de memórias silenciadas por décadas de barbárie. Lançando luz em um dos mais claros exemplos do fenômeno dos povos indígenas de preservação da sua identidade-memória por meio de movimentos de resistência. O recorte temporal dessa pesquisa inicia-se no século XX, abarcando os relatórios da SPI/FUNAI até o presente momento. O delineamento se dará em três etapas: primeiramente o levantamento de dados históricos (SPI/ FUNAI); apresentar a conjuntura da concepção sobre o indígena (estudos das formações discursivas e reprodução das mesmas); análise das disputas discursivas locais; Finalmente, produzindo colaborativamente os instrumentos de resistência da cultura indígena na constituição de centros de estudos e preservação da história dos povos originários.

Objetivos da Pesquisa

Apresentar a percepção do conceito de justiça de transição e suas possibilidades de reparação simbólica aos grupos minoritários, através de movimentos sociais que concebem uma cadeia de disputas, no que compete o direito a memória sejam sociais, políticas ou culturais, por parte da edificação de museus de consciência que tendem a surgir nos próximos anos, bem como uma relação de poder simbólico (BOURDIEU, 1992) e de valores frente aos aparelhos discursivos detentores de hegemonia do período militar.

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1- Ruínas da Colônia Penal Indígena na área krenak, Foto: Lenido Siqueira,1990.
2- Sede do Reformatório Fazenda Guarania, Foto: Geralda Chaves Soares, 2013.

Averiguar os elementos contemporâneos que podem ser enquadrados como reflexos traumáticos provenientes do período da ditadura, e a que ponto, os mesmos possam influenciar a memória coletiva da sociedade e individualmente para os indígenas envolvidos (HALBWACHS, 2004) dos diversos grupos étnicos, relegados ao esquecimento (ROSSI, 2010), e, até mesmo, pela negação de identidades. . Indicar à obrigação, de salvaguardar os locais que serviram de centros de tortura do regime ditatorial brasileiro, É preciso, e este não é um ponto sem importância, que o sujeito da ação identifique no objeto a ser preservado algum valor. Compreender que é admissível, reterritorializar espaços onde a violência deixou vestígios, por meio do uso pedagógico destes locais, para a luta pelos direitos humanos.

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Formação da Guarda Rural Indígena (GRIN): Indígenas forçados ao serviço militar, essencialmente treinados pelo exército para torturar outros grupos indígenas confinados  nos Postos Indígenas e Reformatórios. Link: http://www.diariodocentrodomundo.com.br/a-historia-sinistra-das-milicias-indigenas-treinadas-pelo-exercito-para-torturar-indios/

Apoio

• Programa de Pós-Graduação em Memória Social (PPGMS)
• Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio)

Télécharger le poster de Marcos Barreto (PDF)

Les posters

Posted by bresil on June 3, 2014
Posted in Les posters 

 

Bortone-Elaine-IDElaine Bortone Furtado-Andre-Carlos-IDAndré Carlos Furtado Lunardi-Rafaela-IDRafaela Lunardi

Machado-idPatricia Machado

Meireilles-Renata-ID-webRenata Meirelles

Dante-Guimaraens-Guazzelli-web
Dante Guimaraens Guazzelli
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Gisele Iecker de Almeida
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Daniela Mateus de Vasconcelos

Pagliarini-Andre-IdAndré Pagliarini

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Mélanie Toulhoat

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Mila Burns

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Pâmela Almeida Resende

Barreto-Marcos-idMarcos Barreto

Pâmela Almeida Resende, Universidade de São Paulo (USP)

O episódio

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http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,ha-40-anos-embaixador-americano-era-sequestrado,429771

No dia 4 de setembro de 1969, integrantes de duas organizações armadas – Ação Libertadora Nacional (ALN) e Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8) – planejaram e executaram o sequestro do embaixador dos Estados Unidos, Charles Elbrick, no Brasil. O objetivo inicial era a libertação de 15 prisioneiros políticos e a transmissão de um manifesto revolucionário em rede nacional. Além disso, as condições de conflitos e incertezas no interior das Forças Armadas fizeram com que os idealizadores da iniciativa tivessem o cálculo político do momento e das circunstâncias para uma ação de grande repercussão, já que não é possível esquecer que o sequestro foi realizado propositalmente na Semana da Pátria como “uma maneira de organizar uma grande ação de propaganda armada, que bateria de frente contra a grande ação de propaganda da ditadura”. (Depoimento de Daniel Aarão Reis Filho. In: DA-RIN, Silvio. Hércules 56: o sequestro do embaixador americano em 1969. Rio de Janeiro: Zahar, 2007, p. 302).

O manifesto

Grupos revolucionários detiveram hoje o senhor Charles Burke Elbrick, embaixador dos Estados Unidos, levando-o para algum lugar do país, onde o mantêm preso. Este não é um episódio isolado. Ele se soma aos inúmeros atos revolucionários já levados a cabo: assaltos a bancos, nos quais se arrecadam fundos para a revolução, tomando de volta o que os banqueiros tomam do povo e de seus empregados; ocupação de quartéis e delegacias, onde se conseguem armas e munições para a luta pela derrubada da ditadura; invasões de presídios, quando se libertam revolucionários, para devolvê-los à luta do povo; explosões de prédios que simbolizam a opressão; e o justiçamento de carrascos e torturadores.

(…)

A vida e a morte do senhor embaixador estão nas mãos da ditadura. Se ela atender a duas exigências, o senhor Burke Elbrick será libertado. Caso contrário, seremos obrigados a cumprir a justiça revolucionária.

(…)

Queremos lembrar que os prazos são improrrogáveis e que não vacilaremos em cumprir nossas promessas. Finalmente, queremos advertir aqueles que torturam, espancam e matam nossos companheiros: não vamos aceitar a continuação dessa prática odiosa. Estamos dando o último aviso. Agora é olho por olho, dente por dente.

Os personagens

O episódio do sequestro marca o ano de 1969 e os anos seguintes por diferentes razões: pelo caráter inédito da ação, mas principalmente pelos efeitos para a esquerda que à inicial sensação de vitória segue um completo aniquilamento de suas organizações; para setores no interior das Forças Armadas, visivelmente insatisfeitos com a decisão tomada pela Junta Militar; e, finalmente, a delicada relação entre o governo brasileiro e norte-americano no trato de uma questão sensível para ambos os países. No entanto, para além dessas implicações que, por sua vez, ainda não foram devidamente exploradas por trabalhos acadêmicos, há também certo desconhecimento dos personagens envolvidos. Isso porque, sobretudo no que diz respeito às relações entre Brasil e EUA, não houve ainda um trabalho sistemático de pesquisa que tenha buscado trazer à tona, por exemplo, quem foi o embaixador Charles Burke Elbrick, seus alinhamentos políticos e papel naquela conjuntura. De modo similar, as análises acerca da reação dos Estados Unidos ao sequestro geralmente dizem mais sobre uma visão de subserviência completa dos militares brasileiros às diretrizes norte-americanas, incluindo aí a ideia de uma pressão exercida pela libertação de Elbrick. Acreditamos que uma análise cuidadosa de documentos do período, em ambos os países, pode oferecer pistas do alcance dessa pressão que ajudem a compreender as “entranhas” do sequestro e as relações entre Brasil e Estados Unidos, de maneira mais complexa do que se costuma supor. Em entrevista concedida à Association for Diplomatic Studies and Training (ADST), a viúva do embaixador, Elvira Elbrick, em encontro informal com o ex-presidente Nixon anos depois teria travado o seguinte diálogo com ele:

“-How do you do, Mr. President?” And he said, “How do you do”, and smiled from one ear lobe to the other. And I said, “And how is Mrs. Nixon?” and he said “Fine” “…and, the children?” and so on, just a very quick little conversation.

And then I said, Do you happen to recall a man by the name of Burke Elbrick?” And he said, “Oh, yes. I appointed him as Ambassador to Brazil”.

And I said, “Do you remember that he was kidnapped down there and that you were his Judas and his Pontius Pilate?” And I said, “Goodbye, Mr.WaterGate”, and walked away. And that was the end of that. Of course, he probably never would even remember the scratch I gave him but at least I felt good for it…

http://www.viomundo.com.br/politica/nao-a-anistia-para-os-responsaveis-pelos-crimes-durante-a-ditadura.html

http://www.viomundo.com.br/politica/nao-a-anistia-para-os-responsaveis-pelos-crimes-durante-a-ditadura.html

As hipóteses

Alguns aspectos do sequestro foram amplamente divulgados, assim como a imagem dos presos trocados em frente ao Hércules 56, avião que os levaria para o México. No entanto, uma série de questões permanece à margem na tentativa de compreender os significados e as distintas marcas simbólicas para os diferentes atores em jogo na cena pública. A hipótese é pensar como e se o sequestro do embaixador reconfigurou as dinâmicas internas, descortinando a atuação dos personagens envolvidos, sobretudo entre os grupos militares e as relações diplomáticas do Brasil com os Estados Unidos. Tais reconfigurações não são certamente um ponto isolado, mas figuram como fundamentais na tentativa de compreender os impactos dessa ação num momento em que os militares já vinham promovendo uma radicalização de suas ações e discursos, ao mesmo tempo em que a esquerda também aperfeiçoava suas investidas contra o regime.

Télécharger le poster de Pâmela Almeida Resende (PDF)

Publié le 01.06.2014, par Folha de S. Paulo

Fohla

O então presidente da Fiesp, Theobaldo De Nigris, em palestra para os militares, em 1972 (Folhapress – 21 jul. 72)

Documentos recém-descobertos no arquivo da ESG (Escola Superior de Guerra) sugerem que empresários ligados à Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) se engajaram de forma intensa nos preparativos do golpe de 1964, ação que derrubou o presidente João Goulart e resultou em 21 anos de d…

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Publié le 30.05.2014, par bbc.co.uk

bbc

Depoimento de Paulo Malhães à integrante da Comissão da Verdade revelou participação britânica

Documentos e depoimentos obtidos com exclusividade pela BBC revelam um lado pouco conhecido da ditadura militar brasileira – a de que autoridades da Grã-Bretanha colaboraram com generais brasileiros – inclusive ensinando técnicas “avançadas” de interrogação equivalentes a tortura. A repórter da BBC Emily Buchanan apurou a história.

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